sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

“O MÉDICO E OS DOENTES”


“Os são não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores”. (Marcos 2:17)
Jesus é o mais visado e criticado de todos. Ensina a verdade e faz o bem, porém seus detratores estão sempre presentes para apontar suas supostas falhas.
O problema procede do fato que Jesus não cabe no molde religioso. É um homem comum, carpinteiro por profissão e simples no linguajar e nos hábitos. Não soa como religioso e não tem aparência de religioso. Contudo, anuncia sem hesitação o reino de Deus entre os homens, chamando para si uma atenção que nem os mais famosos líderes religiosos ousam receber. Dentro dessa contradição aparente, o que é que e deve fazer com Jesus?
Não demora muito para os detentores do poder chegarem a um grande dilema. Primeiro, Jesus chama para ser seu discípulo um cobrador de impostos (profissão conhecidamente corrupta). Para o espanto de todos, o homem deixa seu posto lucrativo para seguir Jesus. Depois, Jesus janta na casa deste com muitos outros corruptos que também querem segui-lo.
Os patrulheiros da ortodoxia não agüentam, e denigrem a reputação de Jesus, disparando: “Por que ele come e bebe com os publicanos e pecadores?” Jesus ouve e responde com as seguintes palavras memoráveis: “Os são não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores”.
Médico entre doentes – é assim que Jesus é. Onde devem estar os médicos? Com as pessoas doentes que precisam tanto deles. E onde deve estar Jesus? Entre a população perdida e desviada do caminho de Deus.
A coisa certa é que Jesus, como médico, consegue curar os doentes espirituais. Com ele, corruptos se tornam homens honestos; egoístas, em servos abnegados; e pescadores de peixe, em pescadores de homens.
Necessitamos muito deste contato transformador com Jesus nos dias de hoje. Por falta de orientação pessoal e espiritual, quantas vidas se perdem em vícios, em dissolução e em tédio!
E, mais uma vê, a aproximação a Jesus está sendo bloqueada por religiosos que valorizam mais as aparências e as tradições humanas do que as necessidades reais das pessoas.
Usando a figura de expressão de Jesus, deixemos os doentes chegarem ao médico – ele saberá o que fazer para reconstituir suas vidas.
O médico no meio dos doentes – é isso que resolverá nossos males. Saiamos do caminho e deixemos que o médico Jesus venha para fazer seu trabalho perfeito.


Pr. Kleyton Martins.

2 comentários:

Kelly Silva Terapeuta disse...

Sinceramente, esse foi o texto mais centrado e humilde que lí dos seus. Não que os outros não os sejam, mas esse é especial.
Um pastor reconhecer o problema da religiosidade é sinal de vigia e humildade.
Vivemos numa época permeada à Idade Média e ao Renascimento, ao meu ver. A instituição igreja (como sistema religioso) resgatou a dependência dos homens pelo "místico", pelas "tradições", pelo "medo do inferno", enquanto induz outros a fugir de Deus, como se fosse Deus quem promovesse a religião, que em muitas formas chega a trazer repressão; e por isso, ou vemos de um lado um religioso fanático, que direciona sua vida inteira em ritos religiosos (enquanto pagãos), ou de outro vemos renascentistas, querendo provar (ou vivendo em provar), com o que o homem pode fazer e pensar, que Deus não existe; e o que é teológico passa a ser antropológico.
É fácil entender porque não consigo mais professar nenhuma religião.
Para mim, tento viver uma religião mais condizente com o significado dessa palavra. Tento estar mais ligado à Deus, em pensamentos, em palavras, em ações.
Sei que não sou perfeito e sei que há muita interferência nessa "ligação", mas quero aproveitar a chance de uma religação para viver uma vida abundante...

Um grande abraço!

Kleyton Martins da Silva disse...

O que vemos é esta preocupação constante com a religião e não com Deus. Se da mesma maneira que todos defendem e buscam a religião, fizessem com Deus, todos viveríamos melhores.
Um abraço, fica na paz...