sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Supermercado do Céu

Há muito, andava eu pela estrada da vida... Um dia, vi um letreiro que anunciava “SUPERMERCADO DO CÉU”!

Quando me aproximei, a porta se abriu, sem dar por isto, lá estava eu, dentro, de pé. Vi um exército de anjos, por toda parte. Um deles me deu uma cesta e disse:

_ Filho, faça bem suas compras!

(Tudo o que um Cristão necessita, havia ali). _ E o que não puder carregar, pode buscar no outro dia!

Primeiro, comprei PACIÊNCIA, CARIDADE estava na mesma seção.

Mais a frente, havia COMPREENSÃO (Você sempre vai precisar dela). Comprei uma caixa ou duas de SABEDORIA e mais três de FÈ. Não pude deixar de ver o ESPÍRITO SANTO que enchia todo o céu. Parti para comprar FORÇA e CORAGEM, que me ajudarão na luta.
Minha cesta já estava quase cheia, quando notei que precisava de GRAÇA. Não esqueci a SALVAÇÃO, porque era gratuita, portanto peguei bastante pra mim e para vocês.
Depois me dirigi ao caixa para pagar a conta. Já tinha o necessário para a vontade de Deus. Enquanto passava pelos corredores, vi ORAÇÃO e coloquei-a na cesta, pois sabia que, lá fora, iria encontrar o pecado. PAZ e ALEGRIA havia em abundância. Estavam na última prateleira. Depois vi CANTO e LOUVORES, peguei quanto quis.

Então perguntei ao anjo?
_ Quanto devo?
Sorriu e disse que eu levasse tudo aquilo por onde quer que eu andasse. Sorri, eu também, e perguntei quanto devia. Sorrindo de novo, respondeu-me?
_ Filho, Jesus já pagou sua conta há muito tempo, no calvário!
Vá em paz e volte sempre!

TRANSCRITO

terça-feira, 25 de novembro de 2008

SEM OPÇÕES?

"Eis que tenho conhecido que em toda a terra
não há Deus, senão em Israel. "- 2 Reis 5:15

Como chefe do exército mais poderoso da Síria antiga, o general Naamã tinha todos os benefícios que o império podia oferecer: influência, riqueza, e poder. Tudo, quer dizer, exceto saúde! Naamã era leproso (2 Reis 5:1-3).
Em contraste, a serva na casa do general não tinha qualquer opção ou poder. Tendo ficado cativa num ataque deste exército, ela tinha sido forçada a viver uma vida de escravidão (v.2). Mas ela não permitiu que o desespero e a amargura a invadissem. Em vez disso, ergueu-se acima do seu estatuto de não-opção para servir sinceramente os melhores interesses do seu senhor.

Esta serva não via a lepra do seu senhor como castigo de Deus, mas como uma oportunidade para o indicar a Naamã, o profeta de Deus em Samaria (v.3). A recomendação dela conduziu Naamã à cura completa. Ele declarou: "Eis que tenho conhecido que em toda a terra não há Deus, senão em Israel' (v.15).
Hoje, muitas pessoas têm abundantes opções. Porém, outras têm as suas escolhas cerceadas pela pobreza, saúde fraca, ou outras circunstâncias adversas. Quando uma crise surge, até mesmo as suas opções limitadas se evaporam.
Contudo há uma escolha que permanece sempre. Como a serva de Naamã, nós ainda podemos escolher servir a Deus e indicar outros a Ele - apesar das nossas circunstâncias limitadas. (Leitura:2 Reis 5:1-3,9-15)

O ENFRENTAR UMA IMPOSSIBILIDADE DÁ-NOS
A OPORTUNIDADE DE CONFIAR EM DEUS.
{Via Nosso Andar Diário - Albert Lee}

P.S.: Fico a pensar, como existem momentos em que ficamos sem opções. Mas nestes momentos temos a melhor e única Opção, que é recorrermos aos braços de Jesus e buscar seu auxílio, seu amparo, enfim a nossa melhor e única opção em todos os momentos.

Pr. Kleyton Martins.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Rito de Passagem dos Cherokees

Você conhece a lenda do rito de passagem da juventude dos índios Cherokees?
O pai leva o filho para a floresta durante o final da tarde, venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho.O filho se senta sozinho no topo de um montanha toda a noite e não pode remover a venda até os raios do sol brilharem no dia seguinte. Ele não pode gritar por socorro para ninguém.
Se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem. Ele não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido.
O menino está naturalmente amedrontado. Ele pode ouvir toda espécie de barulho. Os animais selvagens podem, naturalmente, estar ao redor dele. Talvez alguns humanos possam feri-lo. Os insetos e cobras podem vir picá-lo. Ele pode estar com frio, fome e sede. O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a venda.
Segundo os Cherokees, este é o único modo dele se tornar um homem. Finalmente..Após a noite horrível, o sol aparece e a venda é removida. Ele então descobre seu pai sentado na montanha perto dele. Ele estava a noite inteira protegendo seu filho do perigo.
Nós também nunca estamos sozinhos! Mesmo quando não percebemos Deus está olhando para nós, 'sentado ao nosso lado'. Quando os problemas vêm, tudo que temos a fazer é confiar que ELE está nos protegendo.
Moral da história: Apenas porque você não vê Deus, não significa que Ele nao esteja conosco.Nós precisamos caminhar pela nossa fé, não com a nossa visão material. No Salmo 118.8 nos diz: 'É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem.'
E e evite tirar a sua venda antes do amanhecer...
P.S.: Deus é maravilhoso e não nos abandona em nenhuma situação.
Pr. Kleyton Martins.

sábado, 15 de novembro de 2008

Os Mansos Herdarão a Terra

Resisti ao fuso horário e na madrugada do dia 5 de novembro de 2008, sem um pingo de sono, acompanhei a vitória de Barack Obama. Chorei emocionado. Eu era cidadão do mundo, por isso vibrei como se festejasse uma final de Copa do Mundo. Senti-me irmão de todas as nações, tribos e povos que celebraram o exato momento em que terminou a votação na costa do Pacífico e as redes de televisão declararam a vitória de Obama.

Engasguei quando vi Jesse Jackson, o amigo que abraçou Martin Luther King Junior antes de sua morte, com os olhos encharcados de lágrimas. Como um raio, lembrei-me de 3 de abril de 1968, na véspera do seu assassinato, Martin Luther King pregou como um profeta:

Bem, agora não sei o que me acontecerá. Teremos alguns dias muito difíceis pela frente. Não tem importância para mim agora, porque eu já estive no topo da montanha. Não me importo. Como qualquer um, eu gostaria de ter vida longa. Longevidade tem o seu lugar. Mas não estou preocupado com isso agora. Eu só quero fazer a vontade de Deus. E ele tem me deixado ir ao topo da montanha, já posso enxergá-la; eu já vi a terra prometida. Talvez não chegue lá com vocês. Mas quero que saibam hoje à noite, que nós, como povo alcançaremos a terra prometida. Estou feliz nesta noite. Não estou preocupado com nada. Não estou com medo de nenhum homem. Meus olhos já viram a glória da vinda do Senhor.

A eleição de Obama cumpriu esta profecia. Equivale, na história, ao dia em que Nelson Mandela foi libertado na África do Sul. Portanto, a festa não é só estadunidense, mas de todos os que amam a liberdade. As gerações futuras mencionarão o dia 4 de novembro de 2008 com orgulho. Será o dia em que foram curados os vergões deixados pelo chicote da escravatura; quando intolerância e preconceito perderam força; o dia em que as escravas trocaram seu lamento pelo riso; dia em que os negros puderam andar de cabeça erguida, sem se sentirem diminuídos pelo ódio racial; dia em que caiu por terra a antiga e estúpida teologia que ligava a maldição de Cã, filho de Noé, aos afro-descendentes.

Enquanto pregava em uma igreja pentecostal no sul dos Estados Unidos, acompanhei o pastor numa visita a um senhor, membro de sua comunidade que havia sido hospitalizado. Na enfermaria, o pastor comentou que notara sua ausência e perguntou se ele tinha algum motivo para faltar aos cultos. O doente respondeu que não retornaria enquanto negros continuassem freqüentando as reuniões. “Mas, eles também são filhos de Deus”, retrucou o pastor. “Não, os negros não são filhos de Deus porque nenhum deles tem alma”, respondeu o pobre homem. Envergonhado, meu amigo abreviou a visita; no trajeto de volta não trocamos nenhuma palavra.

A Ku Klux Klan não prevaleceu. Rosa Parks, a costureira que teimou em não ceder o lugar no ônibus para um branco no Alabama, sorri de alegria. Fez-se justiça a Medgar Evers, covardemente assassinado no Mississipi. Mais uma vez venceu o bem na longa, oblíqua, e muitas vezes esburacada estrada da humanidade. Jesus Cristo tinha razão: “os mansos herdarão a terra”.

Godspeed, Barack Hussein Obama!

Soli Deo Gloria.

{Via Ricardo Gondim}.
P.S.: O Mundo todo está na maior expectativa quanto ao novo Presidente dos E. U. A., nos resta pedir a Deus que nossas expectativas sejam cumpridas de forma favorável para todos.
Pr. Kleyton Martins.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A Amizade Edifica

I Samuel 17:55 e 18:5

A ação corajosa e o testemunho de Davi tornaram-se conhecidos do rei Saul. Este se encheu de admiração pelo jovem herói e convidou-o para morar no palácio real. E ali nasceu uma grande amizade entre Jônatas, o filho do rei, e o novo rei.

“No que me tenho por mais feliz, é numa alma que se lembra dos bons amigos.” (Shakespeare).
Davi e Jônatas tornaram-se grandes amigos. Fizeram uma aliança. Aliança de amigos e proteção. Aliança admirável. “Amigo é coisa pra se guardar...” canta Milton Nascimento. Jônatas e Davi tornaram-se mais que amigos, irmãos de alma. O filho de Saul despojou-se de bens preciosos em favor de seu amigo. Deu-lhe a capa, símbolo de proteção, se dispôs a proteger seu irmão; a armadura, símbolo de segurança, se dispôs a dar segurança a seu irmão; o arco, símbolo de poder, se dispôs a abrir mão do poder que, de direito, lhe cabia; e o cinto, símbolo de amizade, Jônatas em momento algum, invejou a ascensão de Davi. Agiu em amizade autêntica e legítima.

De conformidade com os ensinos da palavra de Deus, amor gera amor. Jesus ensinou que amar é um desligamento radical do “eu” em direção ao “tu”. A amizade é alma da comunidade. Só ela edifica e constrói. E verdadeira amizade começa pela humildade. O jovem e humilde Davi, pela sua coragem, sensibilidade, fidelidade e capacidade de amar foi um instrumento nas mãos de Deus e colocado à frente de um exército. Conquistou, em humildade, a amizade de Jônatas e de todo povo de Israel!

Minha oração nesta manhã: “Senhor Deus e Pai, através de Jesus abriste os nossos olhos e o caminho para uma verdadeira amizade e mostraste o que é ser amigo de alguém, ajuda-nos para que jamais percamos isto de vista.” Amém!

Pr. Kleyton Martins.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Série Salmos e Hinos: Fala à Minha Alma

Fala à minha alma, ó Cristo,
Fala-me com amor!
Segreda, com ternura:
“Eu sou teu Salvador!”
Faze-me bem disposto
Para Te obedecer,
Sempre louvar Teu Nome
E dedicar-Te o ser.

Faze-me ouvir bem manso,
Em suave murmurar:
“Na cruz verti Meu sangue
Para te libertar”.
Fala-me cada dia,
Fala com terno amor,
Segreda ao meu ouvido:
“Tu tens um Salvador!”

Fala-me sempre, ó Cristo,
Dá-me orientação;
Concede-me alegria
E gozo em oração.
Faze-me consagrado,
Mui pronto a trabalhar,
Para do Reino esterno
A vinda abreviar.

Como na antiguidade
Mostravas Teu querer,
Revela-me hoje e sempre
Qual seja o meu dever.
A Ti somente eu quero
Louvores entoar,
Teu nome eternamente
Engrandecer e honrar.

Autor Anônimo

{Via Salmos e Hinos}

P.S.: Este é um dos meus hinos preferidos, como me sinto abençoado e edificado ao cantar estas palavras em Louvor ao meu Deus. Oh, como é bom e maravilhoso Te louvar meu Deus e saber que o Senhor fala comigo sempre, sempre e sempre.

Pr. Kleyton Martins.

domingo, 9 de novembro de 2008

Por que você contribui financeiramente na igreja?

Não são poucas as pessoas que tratam suas contribuições financeiras como investimento. Estas contribuem na perspectiva da negociação: dou 10% da minha renda e sou abençoado com 100% de retorno. Tentar fazer negócios com Deus é um contra-senso cristão, pois quem negocia sua doação está preocupado com o benefício próprio, doa por motivação egoísta, imaginando levar vantagem na transação. É fato que quem muito semeia, muito colhe. Mas essa não é a melhor motivação para a contribuição financeira na igreja.
Há quem contribua por obrigação. É verdade que a Bíblia ensina que a contribuição financeira é um dever de todo cristão. A prática do dízimo instituída no Antigo Testamento na relação de Deus com seu povo Israel foi referida por Jesus aos seus discípulos, que deveriam não apenas dar o dízimo, mas ir além, doando medida maior, excedendo em justiça. A medida maior é, na verdade, muito maior. Os fariseus entregavam 10%, os cristãos devem abrir mão de tudo, pois crêem que não apenas o dízimo pertence a Deus, mas tudo quanto possuem, ou melhor, não possuem, apenas administram.
Alguns mais nobres doam por gratidão. Pensam, "estou recebendo tanto de Deus que devo retribuir contribuindo de alguma maneira". Nesse caso, correm o risco de doar apenas enquanto têm ou apenas enquanto estão sendo abençoados. A gratidão é uma motivação legítima, mas ainda não é a melhor motivação para a contribuição financeira.
Existem também os que contribuem em razão de seu compromisso com a causa, com a visão, os que acreditam em uma instituição e querem colocar seu dinheiro em algo significativo. Muito bom. Devem continuar fazendo isso. Quem diz que acredita em alguma coisa mas não mete a mão no bolso, no fundo, não acredita. Mas ainda estão aquém do espírito cristão. Aliás, não são apenas os cristãos que patrocinam o que acreditam.
Muitos são os que doam por compaixão. Não conseguem não se identificar com o sofrimento alheio, sentem a dor do próximo como se fossem dores próprias. Seu coração se comove e suas mãos se apressam em serviço. A compaixão mobiliza, exige ação prática. Isso é cristão. Mas ainda não é suficiente.
Poucos contribuem por generosidade. Fazem o bem sem ver a quem. Doam porque não vivem para acumular ou entesourar para si mesmos. Não precisam ter muito, não precisam ver ninguém sofrendo, não perguntam se a causa é digna, não querem saber se o destinatário da doação é merecedor de ajuda. Eles doam porque doar faz parte do seu caráter.
Simplesmente são generosos. Gente rara, mas existe. O relacionamento com Jesus gera esse tipo de gente.
Finalmente, há os que contribuem por piedade. Piedade, não no sentido de pena ou dó. Piedade como devoção, gesto de adoração, ato que visa apenas e tão somente a glória de Deus. Financiam causas, mantém instituições, ajudam pessoas, tratam suas posses como dádivas e por elas são gratos, e são generosos, mas na verdade contribuem porque amam a Deus e desejam que as pessoas transbordem em gratidão e louvor a Deus. Contribuir é adorar.
Ed René Kivitz é escritor, conferencista e pastor da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo.
{Via www.ibab.com.br}

PS.: Enquanto certas pessoas insistem em afirmar que o Novo Testamento aboliu todo o Velho Testamento, vemos Jesus disse: "Não vim para revogar a Lei, mas para a cumprir". Não temos prova melhor para o dízimo e a contribuição na Igreja, a não ser as palavras de Jesus.Isto me faz perceber como é bom e prazeroso obedecer aos mandamentos do Mestre.

Pr. Kleyton Martins.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

TODA CARNE É COMO A FLOR

Toda carne é como a flor:
Num instante passará.
Brilha ao sol, em resplendor,
Mas em breve morrerá.
Murcha e seca a erva está
E das glórias triunfais
Tudo é ruína, e a pobre flor
Faz-se pó e não é mais.
Quão instável é, Senhor,
Nossa vida assim mortal!
Passa breve como a flor,
Cedo chega ao seu final.
Na inconstância temporal,
Ergo os tristes olhos meus:
Pois tão só em Ti Senhor,
Há firmeza, ó grande Deus!
Passa a carne e a flor se esvai,
Passa o mundo e seu fulgor.
Mas não passa, não descai
Teu concerto redentor,
Pois da morte além, Senhor,
Tu nos dás ressurreição
E minha alma, em Cristo, vai
Ter contigo habitação!
M. Porto Filho
{Via: Salmos e Hinos}
PS.: Me senti muito edificado ao ler a letra deste hino, quanta inspiração da parte de Deus. Diante disto vejo a importância dos hinos que Deus inspirou grande homens e mulheres no decorrer da história a comporem e deixarem para também nos abençoar.
Pr. Kleyton Martins

terça-feira, 4 de novembro de 2008

REABASTECENDO O PASTOR INTERIOR

As igrejas deveriam ter muito interesse na saúde espiritual de seus pastores. Alguns meses atrás, eu participei da Conferência Nacional de Pastores, promovido em conjunto com a matriz da Christianity Today. Os organizadores da conferência pensavam que 800 inscrições seria uma estimativa otimista, mas, em vez disso, tiveram dificuldades para acomodar 1 700 pessoas, o que indica a necessidade de companhia e alimento espiritual de nossos pastores.
Há alguma profissão que exija mais e recompense menos? Um pastor gasta mais de vinte horas por semana para preparar um sermão e depois, na manhã de domingo, na melhor das hipóteses, ouve alguns paroquianos, à porta, dizerem educadamente: ‘Bom trabalho, reverendo,’ isto é, contanto que ele não ultrapasse os 22 minutos destinados à pregação. Quando surge ocasião de uma avaliação formal do cargo, os pastores se vêem avaliados por bombeiros, vendedores e engenheiros, muitos dos quais não sabem quase nada sobre ministério. Essa miscelânea de leigos, a portas fechadas, vota sobre o salário a ser pago e o auxílio moradia, enquanto o pastor, sentado como um colegial, espera em outra sala.

O apóstolo Paulo afirmou o seguinte sobre o ministério: ‘Somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio’ (2Co 5.20). Deus, realmente, faz seu apelo por meio dos instrumentos humanos, e, depois de minhas conversas com pastores, saio com ânimo renovado em relação aos obstáculos desse desafio. Eles empregam horas no aconselhamento pré-marital de sonhadores jovens apaixonados, e, dez anos mais tarde, aconselham esses mesmos casais, agora amargos antagonistas, ao longo do processo de divórcio. Eles confortam os doentes e oram corajosamente pela cura, mas, depois, encontram forças para ficar diante de parentes lacrimosos nos funerais.

Incitamos nossos pastores para atuar como psicoterapeutas, oradores, sacerdotes e ministro chefe executivo. Entretanto, eles, em conseqüência dessas exigências, têm de carregar uma carga singular de isolamento e solidão. O pastor ou sacerdote não tem vida privada. Henri Nowen costumava dizer: ‘Ao ser amigável com todos, ele, com freqüência, não tem amigos pessoais. [...]. O paradoxo é que ele, a quem foi ensinado a amar todos, na realidade, não tem nenhum amigo; ele que treinou a si mesmo a fazer orações mentais, não consegue, com freqüência, ficar sozinho consigo mesmo. Ao abrir-se para todo todos os de fora, não há espaço para o interno.’

Chamado para ser um ‘outro Cristo.’

Durante uma viagem para Lancaster, Pensilvânia, jantei, certa vez, em uma casa de um amigo amish. Nessa ocasião, contaram sobre o método, pouco usual, para encontrar um pastor. Naquela região do país, poucos amishes chegam a ter escolaridade além do primeiro grau, e quase nenhum deles tem treinamento teológico. Toda a congregação vota em alguns homens (nessa denominação apenas homens devem se candidatar) que mostram ter potencial pastoral, e aqueles que recebem pelo menos três votos vão para a frente e sentam-se a uma mesa. Cada um deles tem um livro de hinos a sua frente, dentro do qual, de modo aleatório, é posto um cartão, e o homem que achar o cartão é o novo pastor no ano seguinte. Perguntei ao meu amigo amish: ‘O que vocês fazem se a pessoa escolhida não se sentir qualificada para o cargo?’ Confuso, olhou-me e replicou: ‘Se ele achar que é qualificado, não o queremos.’

Não recomendo o método amish para o chamado pastoral (apesar de haver intrigantes paralelos com o sistema de sorteios utilizado no Antigo Testamento), mas seu último comentário fez-me pensar. Certa vez, Thomas Merton disse que muito do que esperamos que pastores e sacerdotes façam – ensinar e aconselhar os outros, consolá-los, orar por eles –, seria, de fato, responsabilidade do resto da congregação.

A vocação clara do pastor é ser uma pessoa de Deus, aquele que ‘é chamado para ser um outro Cristo, em um sentido muito mais específico e íntimo, algo bastante distinto do que observamos no cristão comum ou no monge.’

O pastor é uma espécie de intermediário entre a misericórdia de Deus, e o trabalho do ministro é transmiti-la, e o terror do pecado. O pastor, graças a sua posição de conselheiro espiritual, conhece este último melhor que qualquer um de nós. Quanto à misericórdia – bem, isso é o que me preocupa.

Em nossa sociedade moderna, há uma fixação com as incumbências do trabalho e a competência na carreira, mas será que negligenciamos a mais importante qualificação de um pastor que é conhecer Deus? Mahatma Gandhi, líder de meio bilhão de pessoas, recusou-se a fazer concessões e não abriu mão de seu princípio de guardar toda segunda-feira como um dia de silêncio – mesmo no auge das negociações sobre a independência da Índia da Inglaterra. Ele acreditava que não honrar aquele dia de alimento espiritual o tornaria menos eficaz nos outros seis dias.

Gostaria de saber o quanto nossos líderes espirituais se tornariam mais eficazes, se o encorajássemos a separar um dia por semana para ter um tempo de reflexão silenciosa, meditação e estudo pessoal. Gostaria de saber o quanto nossas igrejas se tornariam mais eficazes se nossa prioridade número um fosse a saúde espiritual de nossos pastores – e não a eficiência deles.
{via: Philip Yancey}

Tradução: Lena Aranha


PS.: Sinto muito edificado com os escrito de Yancey, este texto sobre a necessidade de reabastecer o Pastor, falou muito comigo, nós como pastores precisamos realmente de sermos reabastecidos. Pois somente assim, poderemos reabastecer os outros, só quando estivermos cheios.
Pr. Kleyton Martins.